Já ouvi muitas reclamações de colegas de profissão. Principalmente sobre o salário. Bom, temos tantas outras profissões, nunca é tarde para fazer algo que, teoricamente, lhe dê mais dinheiro. Pena que as pessoas esqueçam que dinheiro não é tudo. Ajuda, e muito! Mas não é tudo. Certa vez ouvi, não lembro de quem, a frase “Ser jornalista não dá para ganhar bem, mas dá para viver com dignidade”. Isso basta.
Quando alguém entra na faculdade para cursar jornalismo, os formados dizem “coitado, mais um pobre”. Ou então “ainda dá tempo para desistir”. Tudo bem que a nossa categoria não recebe tão bem assim (apesar de que, já vi muito jornalista com carro de luxo circulando por aí), mas nenhum emprego é perfeito. Os médicos fizeram uma paralisação contra os abusos dos planos de Saúde. Os que se formam em direito reclamam do dificílimo exame de ordem da OAB, e assim vai. Acho que não temos que nos concentrar na parte ruim dos empregos e sim na parte boa.
Estou trabalhando em uma redação a pouquíssimo tempo e já vi coisas que me fizeram entender a importância da minha profissão.
Se não fossem pelos jornalistas, como o familiar de um enfermo iria reclamar a falta de assistência? Como os órgãos públicos seriam pressionados para respeitar a população? Os jornalistas vão aonde autoridade alguma vai. Nós somos os olhos e ouvidos da sociedade.
Eu também queria receber um salário bem gorducho e me sentiria muito mais valorizada. Mas, as coisas não são assim, só ficar reclamando não muda nada. Acredito na mudança, na melhoria para a nossa categoria, mas as mudanças são lentas. Enquanto ela não vem vou pensar no quão bom é ouvir a esposa de um enfermo que está definhando em um hospital, ligar feliz, agradecendo e dizendo que prometeram que vão resolver o problema deles. Quer salário melhor?
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